Projecto, que é inédito no país, foi pensado durante o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e demorou 6 meses até sair do papel. Uma estudante de agronomia do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Santa Teresa criou um projecto inédito no país. Ela adaptou um tractor comum, utilizado na área agrícola, para pessoas com deficiência motora.
O veículo ganhou uma rampa e cadeira que funciona como elevador para o cadeirante poder chegar até o posto de operação. A aluna Cesiane Soares conta que a ideia surgiu durante a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso e demorou 6 meses até sair do papel. Ela disse, ainda, que no início chegou a pensar que seria inviável, mas investiu no projecto, que foi incluído no programa de Iniciação Científica do Ifes. "A ideia surgiu do momento em que percebi que no campo não tinha acessibilidade para pessoa com deficiência. Se chegasse no campus algum aluno com essa deficiência, ele não teria acesso a algumas aulas práticas", explicou Cesiane. O mecânico industrial Gedálius Pinheiro é cadeirante e fez o teste no tractor. Para ele, o projecto funciona perfeitamente. "Além de trabalho, é uma terapia para o agricultor que tá la na casa dele e não pode mais operar a máquina.
Ele [o projecto] é importante, interessante e eficiente'', diz cadeirante. O projecto foi um desafio e tanto por se tratar de algo inovador e criativo. O professor Élcio das Graças Lacerda, do Ifes, disse que um dos desafios foi ausência de pesquisas específicas para esse público no campo. Quem executou as adaptações no tractor foi o coordenador de engenharia de manutenção Luiz Freitas. "Por conta da falta de acessibilidade para as pessoas com deficiência, elas se sentem diminuídas e precisam de ajuda.
O projecto foi pensado dessa forma, para ajudá-las", disse. O objectivo, segundo o professor Élcio, expandir e divulgar ainda mais o projecto nos próximos anos. ''Iremos levá-lo para o Congresso de Engenharia Agrícola, que acontece em Agosto de 2018 em Brasília. O objectivo é divulgar para todo o Brasil e posteriormente para fora do país'', afirmou.
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