"A guerra é um facto estabelecido. A questão agora é saber quando vai começar". As palavras do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte marcam um novo ponto na escalada de tensão entre os EUA e o país asiático.
A agência de notícias estatal de Pyongyang dá conta da reacção do país aos exercícios militares que decorrem na vizinha Coreia do Sul, com a participação de bombardeiros americanos. "Estes exercícios e a ameaça bélica [americana] tornam a guerra inevitável", diz a mesma fonte. "Não desejamos uma guerra, mas não nos esconderemos dela".
A China, um dos poucos países a manter relações diplomáticas com a Coreia do Norte, veio apelar à calma, mas a retórica de coreanos e americanos tem sido cada vez mais dura. O mais recente ensaio com um míssil intercontinental, lançado na direcção do Japão, veio agudizar a crise. As novas sanções que os EUA solicitaram à ONU são usados pelo regime de Kim Jong-un como uma justificação para uma hipotética resposta armada.
Que, nas palavras dos coreanos, é cada vez menos hipotética. Do outro lado da fronteira, americanos e sul-coreanos têm em marcha os exercícios militares 'Vigilant Ace', que contam com 230 aviões militares, incutindo alguns dos mais avançados caças e bombardeiros americanos. No último fim-de-semana, H.R. Mc Master, conselheiro nacional de segurança do governo americano disse que a possibilidade de uma guerra com a Coreia do Norte estava "a aumentar todos os dias", cita a agência Reuters. Há semanas, Trump afirmou que a Coreia do Norte "seria arrasada" em caso de guerra.
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