segunda-feira, 8 de abril de 2019

É possível criar um carro movido a água? Como funcionaria?


Um carro movido a água parece algo saído da ficção, mas acredite, é bem mais real do que parece. Alguns modelos de motores já foram desenvolvidos com o uso de água, mas não como combustível. A água é usada na electrólise, uma reacção química que pode impulsionar o motor, embora essa tecnologia ainda não tenha sido tão explorada assim e precise de alguns aprimoramentos, é claro.
O primeiro motor de carro movido a água foi criado bem antes do que se imagina, ainda em 1935, pelo inventor americano Charles H. Garrett. Desde então, muitos outros protótipos já foram patenteados, inclusive modelos brasileiros, mas nenhum deles usa a água como um combustível, substituindo a gasolina ou o etanol. Na verdade, esses mecanismos funcionam com base em uma reacção química. Trata-se da electrólise, que nada mais é do que a quebra das moléculas de água, que acaba liberando hidrogénio, esse sim o verdadeiro combustível. O problema desse sistema é que a queima do hidrogénio resulta novamente em água, fazendo com que o motor gaste mais energia nesses processos ao invés de economizar. Alguns testes estão sendo feitos, com o mais promissor sendo o uso de Boro na electrólise, o que tornaria o processo mais económico. 
Kits de hidrogénio são vendidos no Brasil para serem usados em conjunto com o combustível normal, prometendo gerar grande economia para o usuário. Acontece que não só a economia é pouca ou inexistente, mas o kit também é considerado ilegal no país.

Toyota Mirai
Até mesmo grandes montadoras levam o conceito de carro movido a água a sério, embora com algumas adaptações. É o caso do Mirai, lançado pela japonesa Toyota em 2014. Ele não roda a base de água, mas seu motor é abastecido por hidrogénio, obtido através do processo de electrólise, porém feito de forma mais inteligente.
No caso do Toyota Mirai, a electrólise não é feita dentro do próprio motor, que não chega a ter contacto com a água. O processo é todo realizado em usinas e laboratórios específicos e o hidrogénio resultante é colocado no tanque de combustível.
É uma ideia ainda simplista dentro do conceito, mas conforme as pesquisas com o Boro começarem a apresentar resultados, novos modelos e outras montadoras devem se interessar em fabricar carros movidos a água.

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